Bem-vindos, pais e cuidadores! Gostaria de abordar um assunto que pode gerarpreocupações, mas que é essencial para garantir o bem-estar dos nossos filhos: o desmaio em crianças e adolescentes.

A síncope, popularmente conhecida como desmaio, é um evento que pode soar assustador à primeira vista. No entanto, é crucial compreender que muitas vezes tem raízes em questões tratáveis, incluindo a cardiovascular. Assim, quando uma criança ou adolescente desmaia, pode ser um sinal de que o coração precisa de uma atenção mais específica.

O Que É o Desmaio

Entender o que é o desmaio é o primeiro passo para lidar com essa preocupação comum entre os pais. Simplificando, é uma perda temporária de consciência, um breve apagão que pode ser desconcertante para quem o presencia.

Reconhecer os sinais e compreender que o desmaio é um sintoma de algo que existe por trás desta situação e não um diagnóstico propriamente dito, é crucial.

É uma situação potencialmente perigosa e que merece atenção, mas que, muitas vezes, é tratável quando abordado com a expertise certa.

Qual Médico É Responsável por avaliar Desmaios

Ao buscar uma avaliação do cardiologista pediátrico, vocês, pais e responsáveis, estão na direção certa. Isso porquê, como veremos em breve, desmaios muitas vezes têm no coração e nos vasos sanguíneos sua causa, como o reflexo vasovagal e até questões cardíacas mais complexas.

Nesse sentido, eu, Dra Michelle Sanches, Cardiologista Infantil e Ecocardiografista Pediátrica, me ponho a disposição para uma avaliação personalizada e atenciosa, garantindo que cada batida do coração de suas crianças seja cuidada da maneira mais dedicada possível.

Fatores de risco

À medida que mergulhamos profundamente no entendimento da síncope em crianças, é crucial reconhecer os fatores de risco que podem influenciar esse fenômeno. Os mais comuns são:

• Histórico Familiar de Doenças Cardíacas ou morte súbita;

• Síndrome vasovagal: é uma resposta do sistema nervoso que resulta em uma queda temporária na pressão arterial e frequência cardíaca levando ao desmaio;

• Arritmias Cardíacas: Distúrbios no ritmo cardíaco, como taquicardia ou bradicardia, podem contribuir para episódios de síncope em crianças;

• Disautonomia: Distúrbios no sistema nervoso podem levar a regulação inadequada da pressão arterial, contribuindo para episódios de síncope;

• Malformações cardíacas presentes desde o nascimento;

• Excesso de Atividade Física, especialmente sem o devido acompanhamento médico, podem aumentar a probabilidade de síncope;

• Desidratação;

• Anemia;

• Distúrbios Metabólicos, como a hipoglicemia;

• Estresse e Ansiedade;

• Uso inadvertido de alguns medicamentos.

Síndrome do QT Longo: Uma condição genética que afeta a parte elétrica cardíaca, aumentando o risco de arritmias e síncope, especialmente durante atividades físicas.

Meu objetivo como cardiologista pediátrica não é apenas identificar os fatores de risco específicos para seus filhos, mas também guiar vocês na criação de um plano preventivo que leve em conta as necessidades individuais de cada pequeno coração.

Sinais de Alerta

Existem manifestações clínicas que devem chamar atenção de nós, pais e responsáveis, pois podem corresponder a graus mais severos de desmaio, podendo colocar a vida em risco. Abaixo cito alguns deles:

• Desmaios Durante Atividades Físicas: Se o desmaio acontecer neste contexto, pode indicar uma má formação cardíaca.

• Desmaios Associados a Outros Sintomas como dor no peito, falta de ar ou palpitações: isso pode sugerir um problema cardíaco subjacente que requer atenção imediata, também como má formações cardíacas.

• Tonturas Recorrentes: Se seu filho apresentar episódios frequentes de tontura, especialmente quando associados a mudanças de posição, isso pode indicar irregularidades no fluxo sanguíneo ou no ritmo cardíaco, sinalizando a necessidade de uma avaliação.

• Palidez Extrema: Uma palidez significativa, especialmente se acompanhada por fraqueza, pode sugerir uma diminuição transitória no suprimento de sangue ao cérebro, exigindo uma investigação.